sábado, 29 de novembro de 2008

Liberdade cura



Levanta oh, inseto... O poder não é um objeto que possa ser dado a vc
O poder tem que ser é tomado, pois ninguém lhe entrega de bom grado
Levanta a cabeça doidão, vc está com tudo na mão
Não peça dinheiro que eu não dou
Pois de dinheiro eu não tenho usura
Mas se vc tiver doente
pode crer q liberdade cura


RAULLLLLLLLLLLLLL

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O meu amor!


O meu amor tem um jeito manso que é só seu

E que me deixa louca quando me beija a boca

A minha pele toda fica arrepiada

E me beija com calma e fundo

Até minh'alma se sentir beijada


O meu amor tem um jeito manso que é só seu

Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos

Com tantos segredos lindos e indecentes

Depois brinca comigo, ri do meu umbigo

E me crava os dentes


Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz

Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz


O meu amor tem um jeito manso que é só seu

Que me deixa maluca, quando me roça a nuca

E quase me machuca com a barba mal feita

E de pousar as coxas entre as minhas coxas

Quando ele se deita


O meu amor tem um jeito manso que é só seu

De me fazer rodeios, de me beijar os seios

Me beijar o ventre e me deixar em brasa

Desfruta do meu corpo como se o meu corpo

Fosse a sua casa


Chico Buarque

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A insustentável leveza do ser...

"... Para Tereza, o livro era sinal de reconhecimento de uma fraternidade secreta. Contra o mundo de grosseria que a cercava, não tinha efetivamente senão uma arma: os livros que pedia emprestados na biblioteca municipal; sobretudo os romances: lia-os em quantidade, de Fielding a Thomas Mann. Eles não só lhe ofereciam a possibilidade de uma elevação imaginária, arrancando-a de uma vida que não lhe trazia nenhuma satisfação, mas tinham também um significado como objetos: gostava de passear na rua com um livro debaixo do braço. Eram para ela aquilo que uma elegante bengala era para um dândi do século passado. Eles a distinguiam dos outros..."
Milan Kundera


Esse trecho do livro chama a minha atenção em particular, recordo-me de minha adolescência (oh, céus achei que não fosse sair dela). Quando andava com vários livros embaixo do braço, não porque o professor exigia, mas sim porque queria ser apenas diferente... E a impressão que tinha era que as pessoas me teriam uma visão diferente de mim, e sim eles para mim foram como uma bengala!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bilhete






















Se tu me amas, ama-me baixinho.

Não o grites de cima dos telhados...

Deixa em paz os passarinhos!!! Deixa em paz a mim!!!

Se me queres, enfim... Tem de ser bem devagarinho... Amada...

Que a vida é breve... E o amor... Mais breve ainda...



Mario Quintana

Queres amar?


Assuma os riscos!















E tenham uma boa tarde!